sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Volta


Depois de tanto tempo, sem nada escrever, como se de repente desaprendera todos os modos de comunicação escrita, no entanto, desenvolvi toda a comunicação verbal possível, e me surpreendi ao ver do que é capaz dois seres que desejam se entender.
Não sei bem o que queria escrever a princípio, mas agora decidi escrever o mais importante que aprendi neste intercambio: RESPEITO!
Li na página de alguém no orkut, algo mais ou menos assim: aprendi a não esperar que aluém faço o que eu quero e sim faça que quer, isso se chama respeito.
Isso foi o que eu aprendi, de um modo que nem cabe falar aqui, perderia a graça e talvez tirasse a oportunidade de alguém que lerá isso, de aprender.
As pessoas são diferentes e não há nada mais bonito que isso. Hoje tento entender o modo de pensar de cada um, as vezes consigo.
Há alguns anos, eu pensava que em tudo havia amor. Que até aquilo que não davamos valor, existia alguém que colocava amor naquilo que tal forma que dava sentido a sua vida. Voltei a acreditar nisso.
As pessoas que encontrei buscam de seu modo o amor, de seu modo!
O que queremos afinal? Nos esforçamos em ser melhores, alimentamos uma visão do céu, que Bergman, está bem perto de me fazer esquecer completamente, e tudo isso para quê?
Já sabemos a resposta.
Que o amor se demonstre cada vez mais na amizade, que os laços se estreitem. Que as pessoas se achem belas nos mais simples aspectos.
A verdade, a felicidade, a moral, os princípios, o certo e o errado, nada disso passa de fórmulas impostas, desde que somos novinhos.
Temos que buscar águas mais profundas onde nadar, logo todos saberão do sentido de unidade, e de como se ajudando crescemos todos.
Aprender, melhorar e mudar, esse é o caminho para evoluir e não se apresentar nú, no juízo final, seja ele do modo que vocÊ acredito.
Temos que ser melhores, mais puros e mais humanos!
OUVINDO: Todo Cambia- Mercedes Sosa (repetidas vezes)

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Only just begun to live...

Depois de tanta espera, depois de tanto estresse, depois de tanto talvez, depois de quase um dia inteiro de vôo, depois de trem, metro... Enfim Toledo!
Cheguei com todo o cansaço que podia sentir, mas com um alívio e com a esperança renovada.
Agora depois de matriculado, melhorando consideravelmente o espanhol, conhecendo pessoas, me sinto mais pronto para enfim colocar a mao na massa e atender os meus pacientes.
Ainda nao confirmei de fato o que me disseram sobre os espanhóis: Eles sao estupidos, grosseiros e mal-educados. Alguns o sao, outros embora parecem sentir o maior prazer em indicar a direçao que você deve seguir.
O que mais estranhei aqui foi a configuraçao do teclado, hehehehe
Dá pra perceber que num tem o til, né?
Já conheço quase todos os brasileiros que estao estudando na cidade. E me sinto até sortudo por nao ter olhos azuis.
Agora só me falta conhecer as maravilhas dessa cidade, repleta de igrejas, catedrais e todo charme de construçoes medievais.
¡ Y que venga la España!
OUVINDO: Nada, num trouxe meu mp3 player...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

À vocês, muitas borboletas!


O assunto ainda é filme. Mantenho o meu receio de parecer que quero dar críticas aqui, como quem entende do assunto. É só paixão, e isso a gente nunca consegue esconder.
Hoje vi O ESCAFANDRO E A BORBOLETA, o filme tá fresquinho, nos indicados ao Oscar 2008 ( Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado), vale dizer aqui que melhor diretor já ganhou em Cannes, e isso já bastaria já que o Oscar num serve pra muita coisa. Nem sei se já tá nos cinemas do país.
Eu poderia me meter a besta e tentar falar de alguma coisa que um bom filme precisa ter, na minha opinião. Mas o que eu quero falar aqui é da história de Jean Dominique.
Jean Dominique era editor da Revista Elle, 42 anos, três filhos, que sofre um acidente vascular encefálico, ou cerebral, derrame, AVE, AVC, enfim como queiram. E apesar de manter toda a sua capacidade mental ele é incapaz de falar. O filme lhe prende na maior parte do tempo na angústia de Jean-Do ( é assim que seu neurologista o chama, para criar um vínculo de amizade).
O filme faz tudo parecer tão real quanto o que eu vejo dia-a-dia.
Repensei minhas atitudes como aspirante a fisioterapeuta, vi como é importante coisas simples, como por exemplo ficar na altura dos olhos do meu paciente. Em quatro anos de faculdade, me ensinaram que isso é correto,mas foi o enquadramento de uma câmera de uma cara que possívelmente eu nunca vou encontrar que me fez ver que mais que isso, deixar o paciente lhe ver é indispensável.
Um bom filme produz reflexões e o de hoje vai passar muitas vezes na minha cabeça, e na tela da minha casa. Ele me ajudou a imaginar melhor as dimensões que esses eventos podem ter, e como posso ser importante na vida das pessoas.
Me fez dar ainda mais valores aos "pequenos milagres" que vejo acontecer.
Como eu poderia deixar de acreditar em Deus?
Podia falar ainda da superação e do amor em diversas formas, coisas que o filme também mostra, mas não quero contar tudo, pelo contrário curiosidade aqui seria a meta.
Isso é o que alguém fala a Jean-Do, numa cena. Quem a estiver lendo agora, guarde-a. Pra mim as declarações de amorsão ditas de formas simples como acontece nesse momento do filme. Pode parecer trivial, mas é puro e magnífico.
"Não me incomoda que me arraste ao fundo do mar, porque você também é uma borboleta."
Quem acreditar na minha dica, mergulhe nesse filme. É lindo!
E já ta começando a minha lista dos melhores do ano. :)
OUVINDO: Enya - Flora's Secret

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Armas em punho!


Hoje resolvi escrever sobre uma paixão: cinema.
Cabe antes de mais nada, dizer que não tenho a menor pretensão de criticar cinema, mas vou usar esse espaço pra tornar público o que me faz gostar de fimes " de pessoas que voam".
Quem nunca ouviu aquele ditado: Quem ama o feio, bonito lhe parece?
Acho de total valia embelezar aquilo que nos apaixona, e no meu ponto de vista é isso que acontece com as artes marciais no cinema asiático.
As cenas de luta, são tão bem coreografadas. Planejadas para um impacto visual inigualável, que quando as vejo imagino que é isso que querem dizer quando fala em cenas com poesia, ao ver essa cena aí da foto fica bem fácil esquecer que a gravidade existe e que aquelas pessoas estão voando.
Figurinos, cenários, trilha sonora, efeitos sonoros, fotografia são espetáculos que mereciam ser discutidos um a um.
Por que usar como unico adjetivo para esses filmes: mentiroso?
O que deve ser dito daqueles filmes que nos diz que o amor pode existir em anos diferentes, cidades diferentes, sexos diferentes, sexos iguais, classes sociais diferentes, etc, etc, etc...?
A magia do cinema não está só no que é contado, mas acima de tudo, como é contado.
Quem mantem seus preconceitos, quanto aos filmes " de pessoas que voam", tentem repensar. Comecem pelo filme HERÓI (2002), vejam que amor, honra, luta, respeito, paixão, vingança, mentira tudo anda junto com beleza, porque o homem é isso e muito mais.
O amor nos deixa leves, mas voar lutando é ainda mais bonito.
OUVINDO: Us - Regina Spektor

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Carnaval, horóscopo chinês e bandeira nacional!

Esse post, deveria ter saído antes do carnaval, mas tava com preguiça e ninguém ia ler mesmo. Então vou começar colocando aqui um texto de um trabalho do artista Walter Gonçalves, CARNAVAL DO MEU TEMPO, um LP ( isso mesmo, um long play com direito a frase "Êste disco POLYDOR é inquebrável e deve ser tocado com agulha para micro-sulcos" e tudo.) do ano de... "meus pais nem se conheciam", bom é antigo, vejam pela grafia que foi mantida igual a do verso do álbum:
O carnaval, mesmo para aqueles que dizem: "Não o suporto", é uma época marcante na vida dos que moraram nesta abençoada "Terra de Santa Cruz". É a festa de todos, não respeitando condições de fortuna, posição socal, idade e sexo, isto porque as exigências da rotina diária, reclamam a compensação de alguns magros dias de liberdade, de "non sense", de extravação pela fuga à realidade crua, enfim a busca do equilíbrio em meio a tantas "neuroses". Dos festejos de Momo que passaram restam sempre as lembranças... A música alegre, um tanto livre e maliciosa das marchinhas, o ritmo bamboleante dos sambas que falam de máguas que pedem reparação, o frenesi dos frevos esgotando energias, mas que trazem o esquecimento dos problemas comuns; os amores fugazes que têm o sabor dos agradáveis imprevistos, a "feerie" das luzes e côres misturada na síntese estranha dos tan-tans; tudo isto é um dia evocado com saudade quando ouvimos as mesmas melodias, então reproduzidas pelas nossas vitrolas.

Depois que eu li isso, somando-se a eterna nostalgia musical que eu tenho, e a privação do carnaval de Olinda, só poderia ter um resultado. Mas não vamos falar mais nisso! :)
Me pergunto o que vamos falar sobre o carnaval do meu tempo. Era ótimo porque, porque... Por que é, mesmo? Espero que daqui pra lá uma resposta sincera e nobre me ocorra. Mas enfim até lá podemos aproveitar as prazeres desta carne, porque carne é carne, e é fraca.
Espero que o juízo tenha chegado àqueles que precisam, afinal o nosso mundo já tem aidéticos demais, overdoses demais, mulheres grávidas de futuros criminosos, demais, presos demais, mortes demais e alegrias de menos ( não para mim, eu sei; mas isso também não me deixa cego! ).
Agora vamo combinar, depois de quarta-feira, mesmo com o profundo pesar, bota esse lugar pra frente, afinal começando o ano chinês do rato a progreso tem que chegar, já que ordem nesses dias é mosca branca!

OUVINDO: Cara de índio - Mônica Salmaso

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Choro de fim de noite à alegria antes de dormir.

Agora, voltando pra casa, vi um homem que muito possivelmente estava bêbado, sentado numa esquina chorando como uma criança. Não me perguntei o motivo do seu choro, ainda que o soubesse creio eu que não poderia fazer muito por ele, mas me vi pensando: Por que ele está só?
Um amigo uma vez me disse que um "grupo de pessoas", tem como maior medo a solidão e é isso o os leva a cometer os erros pelos quais são julgados e discriminados. Confesso que compactuo do mesmo medo. Meu medo não é o de estar só uns dias, de não ter quem namorar, essas "coisinhas", mas me apavora a idéia de sentir solidão quando eu estiver morrendo, viver sozinho então, nem pensar.
Talvez seja por isso que eu tento me cercar de pessoas, acho que se abrir os meus braços, com carinho serei recompensado com um monte de gente legal. Vem dando certo, aliás, muito certo!
Mas isso por vezes me põe entre a cruz e a espada. Como posso sair com todo mundo se estão a milhares de metros, de programas BEM diferentes, e que talvez a única coisa em comum seja me conhecerem.
Falando assim até parece que eu sou um daqueles carinhas populares do time de futebol do colégio americano... nada disso, por vezes continuo o mesmo bicho do mato e com aversão ao convívio social.
Quero dizer aqui àqueles que eu amo que nunca se sintam abandonados por mim, meu maior pecado com vocês é o da displicência, mas isso não diminui o meu amor, estejam certos.
Obrigado a todos vocês que ficaram na minha vida minutos ou anos, espero que o que tenham deixado e levado tenha valido a pena.
eu pesar a minha vida hoje, estaria tranqüilo. Pos não estar fazendo o melhor com ela, mas o que eu tou fazendo ta sendo muito satisfatório não mais me preocupa se tou curtindo a vida e se terei histórias pra contar. Sei que sim! Tou levando uma bagagem arretada de gente, planos, sonhos, momentos, lembranças, amores, esperança, fé e hoje uma alegria que supera o medo da solidão!

OUVINDO: EU APENAS QUERIA QUE VOCÊ SOUBESSE - GONZAGUINHA

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Ainda não está bem esclarecido, pra mim, o motivo pelo qual fui movido a criar esse espaço.
Não me conheço o suficiente pra saber o que me leva a escrever onde toda e qualquer pessoa possa ler, aliás, pelo que me conheço isso chega até a ser contraditório, mas como há alguns dias eu vinha com essa vontade resolvi faze-lo, afinal como digo sempre que possível: Eu não gosto de passar vontade!
Nem ao menos sabia como chamaria esse blog, mas lembrei de um dos primeiros livros que eu li, então está aí a minha inspiração. ( Valeu, Homero Homem!).
Pedi sugestão a Ravi, se deveria ou não manter isso aqui, já compartilhamos de várias idéias, durante muitas madrugadas na internet. Ele me falou que seria fácil e que com o tempo me acostumaria: "É sempre assim, até mesmo com a porcaria do orkut".
Ainda não sei sobre o que escrever, com que freqüência fazer, nem imagino quem irá ler, e se alguém além de mim mesmo irá ler.
Aqui num cabe o amor de mãe... não! Nem ela irá ler porque a inclusão digital não é assim tão forte.
Mas vamos ver onde isso vai dar.
Talvez lá na frente ao reler isso (se um dia eu o fizer) estarei vendo o quanto eu estava certo em pensar certas coisas, ou o quanto se é ridículo aos 21 anos!

OUVINDO: AF607105 - Charlotte Gainsbourg