segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Carnaval, horóscopo chinês e bandeira nacional!

Esse post, deveria ter saído antes do carnaval, mas tava com preguiça e ninguém ia ler mesmo. Então vou começar colocando aqui um texto de um trabalho do artista Walter Gonçalves, CARNAVAL DO MEU TEMPO, um LP ( isso mesmo, um long play com direito a frase "Êste disco POLYDOR é inquebrável e deve ser tocado com agulha para micro-sulcos" e tudo.) do ano de... "meus pais nem se conheciam", bom é antigo, vejam pela grafia que foi mantida igual a do verso do álbum:
O carnaval, mesmo para aqueles que dizem: "Não o suporto", é uma época marcante na vida dos que moraram nesta abençoada "Terra de Santa Cruz". É a festa de todos, não respeitando condições de fortuna, posição socal, idade e sexo, isto porque as exigências da rotina diária, reclamam a compensação de alguns magros dias de liberdade, de "non sense", de extravação pela fuga à realidade crua, enfim a busca do equilíbrio em meio a tantas "neuroses". Dos festejos de Momo que passaram restam sempre as lembranças... A música alegre, um tanto livre e maliciosa das marchinhas, o ritmo bamboleante dos sambas que falam de máguas que pedem reparação, o frenesi dos frevos esgotando energias, mas que trazem o esquecimento dos problemas comuns; os amores fugazes que têm o sabor dos agradáveis imprevistos, a "feerie" das luzes e côres misturada na síntese estranha dos tan-tans; tudo isto é um dia evocado com saudade quando ouvimos as mesmas melodias, então reproduzidas pelas nossas vitrolas.

Depois que eu li isso, somando-se a eterna nostalgia musical que eu tenho, e a privação do carnaval de Olinda, só poderia ter um resultado. Mas não vamos falar mais nisso! :)
Me pergunto o que vamos falar sobre o carnaval do meu tempo. Era ótimo porque, porque... Por que é, mesmo? Espero que daqui pra lá uma resposta sincera e nobre me ocorra. Mas enfim até lá podemos aproveitar as prazeres desta carne, porque carne é carne, e é fraca.
Espero que o juízo tenha chegado àqueles que precisam, afinal o nosso mundo já tem aidéticos demais, overdoses demais, mulheres grávidas de futuros criminosos, demais, presos demais, mortes demais e alegrias de menos ( não para mim, eu sei; mas isso também não me deixa cego! ).
Agora vamo combinar, depois de quarta-feira, mesmo com o profundo pesar, bota esse lugar pra frente, afinal começando o ano chinês do rato a progreso tem que chegar, já que ordem nesses dias é mosca branca!

OUVINDO: Cara de índio - Mônica Salmaso

Um comentário:

Unknown disse...

"Queria beijar-te agora, embora não seja mais carnaval". Adaptando uma dessas canções antigas da festa da carne. As ladeiras já tão cheias de histórias de Olinda sentiu falta de você. E eu também!!!