quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Only just begun to live...

Depois de tanta espera, depois de tanto estresse, depois de tanto talvez, depois de quase um dia inteiro de vôo, depois de trem, metro... Enfim Toledo!
Cheguei com todo o cansaço que podia sentir, mas com um alívio e com a esperança renovada.
Agora depois de matriculado, melhorando consideravelmente o espanhol, conhecendo pessoas, me sinto mais pronto para enfim colocar a mao na massa e atender os meus pacientes.
Ainda nao confirmei de fato o que me disseram sobre os espanhóis: Eles sao estupidos, grosseiros e mal-educados. Alguns o sao, outros embora parecem sentir o maior prazer em indicar a direçao que você deve seguir.
O que mais estranhei aqui foi a configuraçao do teclado, hehehehe
Dá pra perceber que num tem o til, né?
Já conheço quase todos os brasileiros que estao estudando na cidade. E me sinto até sortudo por nao ter olhos azuis.
Agora só me falta conhecer as maravilhas dessa cidade, repleta de igrejas, catedrais e todo charme de construçoes medievais.
¡ Y que venga la España!
OUVINDO: Nada, num trouxe meu mp3 player...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

À vocês, muitas borboletas!


O assunto ainda é filme. Mantenho o meu receio de parecer que quero dar críticas aqui, como quem entende do assunto. É só paixão, e isso a gente nunca consegue esconder.
Hoje vi O ESCAFANDRO E A BORBOLETA, o filme tá fresquinho, nos indicados ao Oscar 2008 ( Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado), vale dizer aqui que melhor diretor já ganhou em Cannes, e isso já bastaria já que o Oscar num serve pra muita coisa. Nem sei se já tá nos cinemas do país.
Eu poderia me meter a besta e tentar falar de alguma coisa que um bom filme precisa ter, na minha opinião. Mas o que eu quero falar aqui é da história de Jean Dominique.
Jean Dominique era editor da Revista Elle, 42 anos, três filhos, que sofre um acidente vascular encefálico, ou cerebral, derrame, AVE, AVC, enfim como queiram. E apesar de manter toda a sua capacidade mental ele é incapaz de falar. O filme lhe prende na maior parte do tempo na angústia de Jean-Do ( é assim que seu neurologista o chama, para criar um vínculo de amizade).
O filme faz tudo parecer tão real quanto o que eu vejo dia-a-dia.
Repensei minhas atitudes como aspirante a fisioterapeuta, vi como é importante coisas simples, como por exemplo ficar na altura dos olhos do meu paciente. Em quatro anos de faculdade, me ensinaram que isso é correto,mas foi o enquadramento de uma câmera de uma cara que possívelmente eu nunca vou encontrar que me fez ver que mais que isso, deixar o paciente lhe ver é indispensável.
Um bom filme produz reflexões e o de hoje vai passar muitas vezes na minha cabeça, e na tela da minha casa. Ele me ajudou a imaginar melhor as dimensões que esses eventos podem ter, e como posso ser importante na vida das pessoas.
Me fez dar ainda mais valores aos "pequenos milagres" que vejo acontecer.
Como eu poderia deixar de acreditar em Deus?
Podia falar ainda da superação e do amor em diversas formas, coisas que o filme também mostra, mas não quero contar tudo, pelo contrário curiosidade aqui seria a meta.
Isso é o que alguém fala a Jean-Do, numa cena. Quem a estiver lendo agora, guarde-a. Pra mim as declarações de amorsão ditas de formas simples como acontece nesse momento do filme. Pode parecer trivial, mas é puro e magnífico.
"Não me incomoda que me arraste ao fundo do mar, porque você também é uma borboleta."
Quem acreditar na minha dica, mergulhe nesse filme. É lindo!
E já ta começando a minha lista dos melhores do ano. :)
OUVINDO: Enya - Flora's Secret

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Armas em punho!


Hoje resolvi escrever sobre uma paixão: cinema.
Cabe antes de mais nada, dizer que não tenho a menor pretensão de criticar cinema, mas vou usar esse espaço pra tornar público o que me faz gostar de fimes " de pessoas que voam".
Quem nunca ouviu aquele ditado: Quem ama o feio, bonito lhe parece?
Acho de total valia embelezar aquilo que nos apaixona, e no meu ponto de vista é isso que acontece com as artes marciais no cinema asiático.
As cenas de luta, são tão bem coreografadas. Planejadas para um impacto visual inigualável, que quando as vejo imagino que é isso que querem dizer quando fala em cenas com poesia, ao ver essa cena aí da foto fica bem fácil esquecer que a gravidade existe e que aquelas pessoas estão voando.
Figurinos, cenários, trilha sonora, efeitos sonoros, fotografia são espetáculos que mereciam ser discutidos um a um.
Por que usar como unico adjetivo para esses filmes: mentiroso?
O que deve ser dito daqueles filmes que nos diz que o amor pode existir em anos diferentes, cidades diferentes, sexos diferentes, sexos iguais, classes sociais diferentes, etc, etc, etc...?
A magia do cinema não está só no que é contado, mas acima de tudo, como é contado.
Quem mantem seus preconceitos, quanto aos filmes " de pessoas que voam", tentem repensar. Comecem pelo filme HERÓI (2002), vejam que amor, honra, luta, respeito, paixão, vingança, mentira tudo anda junto com beleza, porque o homem é isso e muito mais.
O amor nos deixa leves, mas voar lutando é ainda mais bonito.
OUVINDO: Us - Regina Spektor

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Carnaval, horóscopo chinês e bandeira nacional!

Esse post, deveria ter saído antes do carnaval, mas tava com preguiça e ninguém ia ler mesmo. Então vou começar colocando aqui um texto de um trabalho do artista Walter Gonçalves, CARNAVAL DO MEU TEMPO, um LP ( isso mesmo, um long play com direito a frase "Êste disco POLYDOR é inquebrável e deve ser tocado com agulha para micro-sulcos" e tudo.) do ano de... "meus pais nem se conheciam", bom é antigo, vejam pela grafia que foi mantida igual a do verso do álbum:
O carnaval, mesmo para aqueles que dizem: "Não o suporto", é uma época marcante na vida dos que moraram nesta abençoada "Terra de Santa Cruz". É a festa de todos, não respeitando condições de fortuna, posição socal, idade e sexo, isto porque as exigências da rotina diária, reclamam a compensação de alguns magros dias de liberdade, de "non sense", de extravação pela fuga à realidade crua, enfim a busca do equilíbrio em meio a tantas "neuroses". Dos festejos de Momo que passaram restam sempre as lembranças... A música alegre, um tanto livre e maliciosa das marchinhas, o ritmo bamboleante dos sambas que falam de máguas que pedem reparação, o frenesi dos frevos esgotando energias, mas que trazem o esquecimento dos problemas comuns; os amores fugazes que têm o sabor dos agradáveis imprevistos, a "feerie" das luzes e côres misturada na síntese estranha dos tan-tans; tudo isto é um dia evocado com saudade quando ouvimos as mesmas melodias, então reproduzidas pelas nossas vitrolas.

Depois que eu li isso, somando-se a eterna nostalgia musical que eu tenho, e a privação do carnaval de Olinda, só poderia ter um resultado. Mas não vamos falar mais nisso! :)
Me pergunto o que vamos falar sobre o carnaval do meu tempo. Era ótimo porque, porque... Por que é, mesmo? Espero que daqui pra lá uma resposta sincera e nobre me ocorra. Mas enfim até lá podemos aproveitar as prazeres desta carne, porque carne é carne, e é fraca.
Espero que o juízo tenha chegado àqueles que precisam, afinal o nosso mundo já tem aidéticos demais, overdoses demais, mulheres grávidas de futuros criminosos, demais, presos demais, mortes demais e alegrias de menos ( não para mim, eu sei; mas isso também não me deixa cego! ).
Agora vamo combinar, depois de quarta-feira, mesmo com o profundo pesar, bota esse lugar pra frente, afinal começando o ano chinês do rato a progreso tem que chegar, já que ordem nesses dias é mosca branca!

OUVINDO: Cara de índio - Mônica Salmaso