quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

À vocês, muitas borboletas!


O assunto ainda é filme. Mantenho o meu receio de parecer que quero dar críticas aqui, como quem entende do assunto. É só paixão, e isso a gente nunca consegue esconder.
Hoje vi O ESCAFANDRO E A BORBOLETA, o filme tá fresquinho, nos indicados ao Oscar 2008 ( Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Roteiro Adaptado), vale dizer aqui que melhor diretor já ganhou em Cannes, e isso já bastaria já que o Oscar num serve pra muita coisa. Nem sei se já tá nos cinemas do país.
Eu poderia me meter a besta e tentar falar de alguma coisa que um bom filme precisa ter, na minha opinião. Mas o que eu quero falar aqui é da história de Jean Dominique.
Jean Dominique era editor da Revista Elle, 42 anos, três filhos, que sofre um acidente vascular encefálico, ou cerebral, derrame, AVE, AVC, enfim como queiram. E apesar de manter toda a sua capacidade mental ele é incapaz de falar. O filme lhe prende na maior parte do tempo na angústia de Jean-Do ( é assim que seu neurologista o chama, para criar um vínculo de amizade).
O filme faz tudo parecer tão real quanto o que eu vejo dia-a-dia.
Repensei minhas atitudes como aspirante a fisioterapeuta, vi como é importante coisas simples, como por exemplo ficar na altura dos olhos do meu paciente. Em quatro anos de faculdade, me ensinaram que isso é correto,mas foi o enquadramento de uma câmera de uma cara que possívelmente eu nunca vou encontrar que me fez ver que mais que isso, deixar o paciente lhe ver é indispensável.
Um bom filme produz reflexões e o de hoje vai passar muitas vezes na minha cabeça, e na tela da minha casa. Ele me ajudou a imaginar melhor as dimensões que esses eventos podem ter, e como posso ser importante na vida das pessoas.
Me fez dar ainda mais valores aos "pequenos milagres" que vejo acontecer.
Como eu poderia deixar de acreditar em Deus?
Podia falar ainda da superação e do amor em diversas formas, coisas que o filme também mostra, mas não quero contar tudo, pelo contrário curiosidade aqui seria a meta.
Isso é o que alguém fala a Jean-Do, numa cena. Quem a estiver lendo agora, guarde-a. Pra mim as declarações de amorsão ditas de formas simples como acontece nesse momento do filme. Pode parecer trivial, mas é puro e magnífico.
"Não me incomoda que me arraste ao fundo do mar, porque você também é uma borboleta."
Quem acreditar na minha dica, mergulhe nesse filme. É lindo!
E já ta começando a minha lista dos melhores do ano. :)
OUVINDO: Enya - Flora's Secret

Um comentário:

Sídney A S Dias disse...

Porque você não passa lá?
Porque você não passa lá?
Você sabe onde me encontrar, você tem meu endereço
Mas você não passa lá...