quarta-feira, 22 de abril de 2009

O rio


Cansei de ouvir que tudo tem seu tempo, até cheguei a acreditar que tinha realmente aprendido essa máxima, pregada, exclamada, revirada, mascarada e ensinada por tantas e tantas sabedorias humanas.

Alguém aqui já ouviu isso: Basta sentar à margem do rio e esperar, não precisa fazer nada, o rio traz o corpo do seu inimigo flutuando.
Isso é forte, sério e feio. É pra mim em outras palavras esperar a concretização dos seus desejos perversos!
Mas não é esse o rio que me inspira a escrever.

O rio nunca é o mesmo, estando sempre no mesmo lugar. O rio permite sobrevivência e regeu os meios pelos quais surgiram as civilizações.

Mas o rio aqui é seguir o fluxo! O caminho inevitável, sem pressa e na certeza de chegar ao SEU LUGAR!
O rio arrasta consigo as coisas, as deixa no meio do caminho. Muda as coisas e pouco se muda.

"...Vou vendo e vou meditando
Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando...
E do seu curso me fio
Porque se o vir ou não vir
Ele passa e eu confio."

OUVINDO: Manhã azul - Mariana Aydar


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